Servtec prevê investir R$ 600 milhões em geração distribuída

FONTE: Brasil Energia

Investimento faz parte do objetivo de instalar 180 MW até o fim do ano; grupo também quer viabilizar projetos de térmica e eólica em leilões e mercado livre

A Servtec prevê investir R$ 600 milhões em usinas solares de geração distribuída para instalar 180 MW até o final de 2020. A empresa está negociando contratos para implantar e operar projetos que somam 120 MW e que serão localizados no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

O foco da companhia são clientes de grande porte que podem firmar contratos de longo prazo, de 10 a 15 anos, em projetos de geração remota, disse em entrevista ao EnergiaHoje o CEO da Servtec, Pedro Fiuza.

Neste mês, as duas primeiras usinas solares da Servtec entraram em operação, marcando a entrada da companhia no segmento de geração distribuída. Localizadas nas cidades de Canas (SP) e Oliveira dos Brejinhos (BA), as plantas somam 10,1 MWp de potência e fazem parte de um investimento de R$ 68 milhões. O investimento abrange ainda outras duas usinas que somam 5 MWp e estão previstas para iniciar operação em abril. As quatro plantas têm contratos de longo prazo negociados com uma empresa do segmento de telecomunicações.

Geração centralizada

Já no mercado de geração centralizada, onde o grupo Servtec atua há 20 anos, a estratégia é participar dos leilões de térmica deste ano com os projetos Gera Espírito Santo, de 900 MW, e Geramar 3, de 1,7 GW. O grupo já opera uma térmica a gás, Gera Amazonas, de 85 MW e uma térmica a óleo, Gera Maranhão, de 330 MW.

A Servtec também quer viabilizar o projeto Bons Ventos da Serra 3, de 150 MW, uma ampliação do complexo eólico de 109 MW que opera no Ceará. Fiuza considera difícil a viabilização desse projeto via leilão devido aos preços muito baixos observados nos últimos certames. Porém, a companhia pretende cadastrá-lo nos leilões a serem realizados neste ano.

Atuar no mercado livre também está nos planos da Servtec, que está negociando com um cliente em potencial o desenvolvimento de um projeto de autoprodução de energia. Ainda não está definido se será da fonte solar ou eólica.

Atualmente, o grupo está construindo duas PCHs, Cascata e Guaraú, que somarão 7 MW de potência e serão localizadas em São Paulo. A previsão de entrada em operação é junho de 2021.