Golar compra participação da Eneva na UTE São Marcos

FONTE: Brasil Energia

Cade deu publicidade ao processo de compra, pela Golar Power, da participação de sua sócia no projeto da UTE São Marcos, no Maranhão

O Cade deu publicidade, no Diário Oficial da União da última terça-feira (02/03), ao processo de compra, pela Golar Power, da participação da Eneva nas Centrais Termelétricas São Marcos. As empresas são sócias com 50% cada no empreendimento no Maranhão.

Em fase de licenciamento, o projeto prevê a implantação de duas usinas a gás natural no Maranhão – UTE São Marcos I e UTE São Marcos II – associadas a um terminal flutuante de regaseificação (FSRU), com capacidade de processar 21 milhões de m³/dia.

De acordo com a ficha de caracterização do empreendimento, submetida ao Ibama em junho de 2018, o complexo termelétrico tem potência bruta estimada em 4,2 mil MW. Sua interligação ao SIN se dará por uma Linha de Transmissão em 500kV conectando as UTEs à Subestação São Luís II, localizada a aproximadamente 20 km das usinas.

Quando notificou a operação ao Cade, em 12 de fevereiro, a Golar declarou que a proposta de aquisição “vem ao encontro dos objetivos estratégicos de consolidação de controle das empresas pertencentes ao grupo”, enquanto, para a Eneva, a operação favorece sua estratégia de focar em projetos que apresentem “alta atratividade técnica-financeira e ambiental”.

A Golar Power, recém-nomeada Hygo Energy Transition, atua no mercado de geração e comercialização de energia elétrica por meio das Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), Barra dos Coqueiros (Cebarra) e Barcarena (Celba) – as últimas não operacionais.

Já a Eneva é proprietária do Complexo Parnaíba – formado por quatro usinas operacionais e duas em construção – e da UTE Jaguatirica II, nas quais implementa o modelo reservoir-to-wire (do reservatório ao poste). A companhia tem 100% de participação em 27 ativos de E&P nas bacias do Parnaíba e do Amazonas.

No 2º Ciclo da Oferta Permanente, realizado em dezembro de 2020, a companhia adquiriu sete blocos, nas bacias do Paraná e Amazonas, e a acumulação marginal de Juruá, em Solimões.