Construção do Porto Sul corre o risco de atrasar e pode prejudicar o corredor de exportação que precisa estar pronto em 2027

FONTE: Bahia Econômica

A construção do Porto Sul, que está sendo realizado pela Bamin, concessionária da Fiol, corre o risco de não cumprir o cronograma previsto e com isso atrapalhar o startup do complexo Fiol/Porto Sul, previsto para setembro de 2027.

O projeto do Porto Sul, envolve as obras onshore (em terra), de responsabilidade do governo do Estado, e offshore (no mar) de responsabilidade da Bamin.

As obras offshore deveriam ter sido iniciadas em 2023, mas não foram e, segundo o cronograma da Bamin, só serão iniciadas no segundo trimestre de 2024. O problema é que não existe neste momento qualquer mobilização de equipes da Bamin na área offshore. Ocorre que para que a obra offshore começe no 2º trimestre de 2024, como está previsto no cronograma da Bamin, seria necessário que houvesse mobilização na área, especialmente no relacionado ao transporte e aquisição de pedras, afinal serão  necessários 60 milhões de enrocamento (matacão). No entanto, até o momento, a Bamin não disponibilizou orçamento para as obras, nem mobilizou fornecedores.  Vale lembrar que  TUP BAMIN em execução envolverá a construção de um quebra-mar ao Norte, cujo volume de rochas previsto é da ordem de 3,7 milhões de m³. Para que as obras comecem no 2º trimestre de 2024, já deveriam estar sendo mobilizados recursos e fornecedores.

O portal Bahia Econômica entrou em contato com a empresa que informando que não havia movimentação na área offshore. Foi informado então que  a mão de obra lotada no projeto Tup Bamin segue o histograma planejado e que   atualmente o efetivo é de 304 colaboradores. Ocorre que todo esse efetivo está em terra nas edificações do pátio de estabilização e carga, em direção a Uruçuca e não há movimentação na área offshore.

Outra questão é que é preciso haver a integração e compatibilização entre a obra onshore, realizada pelo governo do Estado, e off shore, realizada pela Bamin. O governo do Estado contratou a empresa HP Terraplenagem, de Ilhéus e as obras estão em andamento, mas será necessário que a obra onshore caminhe pari-passu com a obra offshore, cujas edificações não podem ser construídas sem a primeira estar pronta. Tampouco foi definido no governo do estado p cronograma das construção de edificações on shore.

A preocupação com as conclusões das obras em 2027 está relacionada com a possibilidade da Fiol estar com as obras concluídas antes do Porto Sul está funcionando, o que poderia prejudicar o corredor de exportação pela Bahia e estimular a criação de outros corredores ferroviários aproveitando-se os portos de outros estados.

Em contato com o portal, a Bamin disse  que no que se refere ao TUP BAMIN, a projeção de conclusão ao final de 2027 e a evolução das obras, tanto ONSHORE (em terra) quanto OFFSHORE (no mar) seguem rigorosamente o cronograma vigente.