Petrobras termina campanha na Margem Equatorial e aguarda novas licenças

Comece seu dia bem-informado com as principais notícias sobre petróleo, gás, energia e política

FONTE: EPBR

A Petrobras encerrou sua campanha de perfuração na Bacia Potiguar e, com isso, não tem mais licenças de perfuração em nenhuma das cinco bacias da Margem Equatorial, que é considerada a principal fronteira exploratória do país.

A estatal anunciou na terça-feira (9/4) ter encontrado uma acumulação de petróleo no poço poço Anhangá, na concessão POT-M-762_R15. Fica a 24km de Pitu Oeste, primeiro poço perfurado na Bacia Potiguar, onde também confirmou a presença de hidrocarbonetos.

  • A petroleira informou que, nos dois casos, ainda são necessárias avaliações complementares para verificar a viabilidade comercial.

Salvo na Bacia Potiguar, um projeto antigo e com características próprias, há mais de dez anos não são perfurados poços nas cinco bacias sedimentares da Margem Equatorial: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

Sem essas descobertas, o Brasil deve se tornar importador de petróleo na próxima década, afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, em entrevista ao estúdio epbr, em março.

  • “Peguem os números e façam as contas. Qual é a decisão que o Brasil quer ter? O Brasil quer ser importador de petróleo daqui a 15 anos? Quer ser muito importador de petróleo daqui a 25 anos? Ou quer pelo menos equilibrar o jogo? A gente realmente precisa de novas descobertas”, afirmou Joelson Mendes.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem feito gestões junto à ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, mas ainda há resistência na área ambiental do governo, segundo a coluna Painel S.A.

Tanto Petrobras quanto governos estaduais, no entanto, estão otimistas que a exploração de petróleo e gas na região será liberada este ano pelo Ibama. Começando com a Foz do Amazonas, a mais polêmica, seguida pelas adjacentes.

Petróleo cai. Pelo segundo dia, os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (9/4), com sinais de arrefecimento das tensões entre Irã e Israel e realização de lucros após uma semana de altas.

– O barril de petróleo WTI para maio caiu 1,39%, para US$ 85,23, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para junho fechou em queda de 1,06%, a US$ 89,42 o barril, na Intercontinental Exchange.

O que o governo pode fazer com os dividendos da Petrobras. Um eventual pagamento dos ganhos extraordinários da estatal que estão retidos ajudaria o governo a atingir a meta de zerar o déficit prevista na lei de diretrizes orçamentárias (LDO) para o ano de 2024, apontam especialistas.

Silveira paz e amor. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse à Folha que a possibilidade de Jean Paul Prates deixar o comando da Petrobras é especulação, e pediu que a estatal “tenha paz para crescer”. “Tenho o mais profundo respeito e admiração pelo trabalho que desenvolveu como parlamentar o Jean Paul [Prates], profundo carinho e respeito pelo ser humano que ele é”, disse.

– A permanência de Prates no cargo ganhou força após as reuniões do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com Lula, apurou o blog da Julia Duailibi.

MP da redução das tarifas é alterada. A medida provisória de redução das tarifas e das energias renováveis foi alterada de última hora para atender o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele pediu para que os fundos regionais de preservação dos reservatórios de Furnas e do São Francisco não fossem usados para baratear as tarifas.

– O uso do fundo regional do Norte, no entanto, foi mantido para baixar o reajuste da eletricidade no Amapá, de 44% para 9%.

– A legislação foi assinada nesta terça-feira (veja a transmissão) e prevê uma redução média de 3,5% nas tarifas de energia elétrica no Brasil, além de estender o desconto das tarifas de uso da rede para usinas eólicas e solares, com capacidade estimada de 34 GW.


Diálogos da Transição. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) emitiu nesta terça (9/4) uma decisão favorável à ação de um grupo de mulheres idosas contra o governo suíço. Elas se sentem diretamente prejudicadas pelos impactos das mudanças climáticas e alegam que os esforços do país para reduzir emissões são insuficientes.

Mover tem 23 empresas cadastradas. O governo federal publicou nesta terça (9/4) a habilitação das empresas do setor automotivo no programa de mobilidade verde, que vai distribuir R$ 19,5 bilhões em incentivos à eficiência e descarbonização de veículos. Outros 18 pedidos permanecem em análise.

Opinião: Pop mesmo é a indústria… Brasil subestima papel da indústria na economia enquanto países priorizam sua reindustrialização para impulsionar transição energética, escreve Fernando Teixeirense.

Voltalia assina pré-contrato para produzir hidrogênio no Ceará. Este é o sexto pré-contrato assinado pelo governo cearense, que tem acordos anteriores com AES, Casa dos Ventos, Cactus Energia, Fortescue e uma empresa que pediu sigilo.

Ciplan troca fósseis por biomassa. A produtora de cimentos anunciou um acordo de cooperação com a Embrapa para reduzir as suas emissões de CO2 a partir do uso de biomassa como combustível na produção de cimento.

EGP defende isenção para turbinas eólicas. Para o head da Enel Green Power no Brasil, Bruno Riga, é importante que o governo brasileiro reveja a decisão de suspender a isenção fiscal para importação de aerogeradores e módulos fotovoltaicos, para viabilizar novos projetos do setor.

Brasil tem a sexta maior capacidade de geração solar. O Brasil subiu duas posições e se tornou o sexto país com maior capacidade instalada de geração solar fotovoltaica em 2023, segundo dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena).

Aneel mantém multa da Enel. A diretoria da agência reguladora negou recurso da distribuidora de energia e manteve a punição de R$ 165,8 milhões aplicada à Enel São Paulo por conta da demora em restabelecer o serviço após o apagão de novembro do ano passado.

MME define datas de leilões de transmissão. Estão previstos mais quatro leilões, que serão feitos nos meses de março e setembro de 2025 e de 2026. O próximo está agendado para 27 de setembro, com oferta de 848 km de novas linhas de transmissão, que devem receber investimentos de R$4,1 bilhões, abrangendo os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia.