Produção da Samarco é recorde e retomada total pode custar R$ 13 bilhões

O aumento da produção deveu-se à entrada dos ativos, no final do ano passado, que resultaram no alcance de 60% da capacidade produtiva instalada.

FONTE: Brasil Mineral.

A Samarco registrou produção recorde de 3,2 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro no primeiro trimestre de 2025 frente aos 2,9 milhões de toneladas produzidas no quarto trimestre de 2024. O aumento da produção deveu-se à entrada dos ativos, no final do ano passado, que resultaram no alcance de 60% da capacidade produtiva instalada. “Os números de produção do primeiro trimestre de 2025, recorde desde a retomada das nossas operações, confirmam o esforço da Samarco em antecipar em quatro meses o início de operação do projeto de alcance de 60% da capacidade produtiva instalada. Atingimos um recorde de produção em um momento de ramp-up do concentrador que entrou em operação em dezembro de 2024”, destacou o diretor financeiro, Gustavo Selayzim.

A empresa alcançará os 100% da capacidade produtiva instalada em 2028, etapa conhecida como “Momento 3”. O projeto contempla a reativação da Usina de Beneficiamento 1 e a instalação do Sistema de Filtragem 3 no Complexo de Germano (MG), e reativação das Usinas de Pelotização 1 e 2, em Ubu (ES). Adicionalmente, são considerados investimentos em mais uma estrutura de disposição de estéril e rejeitos, reforçando o compromisso com a não utilização de barragem de rejeitos em nossa operação. Com a evolução dos estudos de engenharia, escopo e preço, o projeto de retomada da capacidade total, ainda em revisão, pode atingir aproximadamente R$ 13 bilhões. A expectativa é que os estudos de engenharia sejam concluídos ao final do segundo trimestre de 2025. A previsão é que o montante de investimentos seja aprovado até o final deste ano pela Governança e pelo Conselho de Administração da Companhia.

Além de resultados operacionais e estimativas financeiras, a Samarco está dando andamento ao processo de descaracterização da barragem de Germano, com 88% de conclusão e expectativa de ser finalizado em 2026, antes do prazo acordado com os órgãos competentes para 2029. Os números relativos às obrigações com o processo de reparação da Bacia do Rio Doce também foram abordados em live realizada pela mineradora sobre os valores destinados no primeiro trimestre deste ano. Dos US$ 265 milhões aplicados na reparação, cerca de USS 13 milhões foram custeados pela Samarco e o restante pelas acionistas, Vale e BHP. É importante ressaltar que os pagamentos da Samarco permanecerão limitados a US$ 1 bilhão até 2031, reforçando o compromisso da empresa e das suas acionistas no acordo assinado no âmbito da Recuperação Judicial, em 2023.